Cuidados com as Molas do Caminhão

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A função do feixe de molas vai além de proporcionar estabilidade ao caminhão. Também é parte de seu trabalho manter o eixo posicionado corretamente em relação às longarinas do chassi e apesar de ser feito em aço e ter aparência rude, trata-se de um equipamento que requer certos cuidados de manutenção preventiva.

Quando o caminhão apresenta perda da altura e excesso de vibrações e trancos ou se há molas quebradas ou desgastadas, o ideal é substituir todo o conjunto.

Trocar apenas uma lâmina é possível, mas é necessário verificar se as outras molas não apresentam desgastes que possam sobrecarregar a mola nova. Por outro lado, não é permitido reparar as lâminas com defeitos, pois já sofreram fadiga e podem comprometer todo o conjunto. Cuidado também com o manuseio da peça, instalação e procedimentos de troca incorretos, que podem causar a quebra das molas, transmissão de vibrações para a carroceria, desgaste prematuro do feixe, desalinhamento do eixo e desgaste excessivo dos pneus.

As operações básicas são desmontagem para verificar desgastes no olhete (ponto de fixação da mola ao chassi), nas buchas de bronze e nos pinos (para evitar folgas na suspensão) e retirar e averiguar o espigão (pino de centro). Além disso, os fabricantes de molas recomendam verificar trincas ou pontos de ferrugem nas lâminas.

Um dos principais causadores de quebras de molas é o grampo sem o aperto adequado, que resulta no rompimento da lâmina em um ponto próximo ao pino de centro. Outro motivo é a utilização de grampo de baixa qualidade, que laceia com o tempo e não permite mais o aperto para juntar o feixe.

Os buracos na rodovia e o excesso de peso também têm responsabilidade na avaria das molas. Além disso, se o motorista não tiver cuidado ao dirigir, os choques contra valetas, arrancadas e frenagens violentas também podem causar quebras.

Cuidados com o alinhamento
O desalinhamento das rodas do caminhão ou da carreta é um dos fatores que aumenta o consumo de pneus e de combustível reduzindo o lucro do transportador de cargas.

Um veículo desalinhado oferece maior resistência ao piso, os pneus arrastam mais e o motor também realiza maior esforço para mover o veículo. O resultado de tudo isso é a redução da vida útil dos pneus, dos componentes do sistema de direção e dos eixos. A isso se inclui o maior consumo de diesel e a falta de segurança.

A irregularidade pode ser no terceiro eixo do cavalo-mecânico ou do caminhão ou, ainda, no semi-reboque. Rodando desalinhado, o pneu apresenta maior consumo de borracha, arrasta mais, e o motor, por sua vez, tem de fazer mais força para movimentar o veículo. Com tudo isso, o aumento no consumo de combustível pode chegar a ser de 10%.

Além de haver maior consumo da banda de rodagem, quando o pneu roda arrastando há superaquecimento e deslocamento na sua estrutura, o que leva à perda da carcaça. Outro fator que demonstra a importância do correto posicionamento da roda é a segurança, pois o veículo perde instabilidade, principalmente trafegando em pista molhada.

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